domingo, 3 de julho de 2011

Presídios de Goiás declaram guerra contra celulares

A Agência Goiana do Sistema de Execução Penal (Agsep) instalou bloqueadores de celulares em todos os prédios do complexo de Aparecida de Goiânia (GO), que, juntos, abrigam mais de 3,5 mil presos.
Nos seis primeiros meses deste ano foram apreendidos 282 aparelhos celulares no complexo prisional do Estado. Os agentes que cuidam da segurança dos presos contam que os visitantes são criativos na tentativa de levar os aparelhos para os presos.
As formas mais comuns são de aparelhos introduzidos nos órgãos genitais femininos e em meio a alimentos. Por ficar em área cercada por fazendas, já foram flagradas pessoas jogando celulares por cima dos muros do complexo.
As polícias Civil e Militar de Goiás informaram que nenhuma ligação vinda de dentro dos muros do complexo prisional foi interceptada desde a instalação dos equipamentos, o que mostra, segundo elas, a eficiência dos aparelhos.
A reportagem do UOL Notícias testou os aparelhos celulares, de diferentes operadoras, e a tela mostrava a mensagem “sem serviço”. Em outro ponto, já distante dos bloqueadores, próximo à administração, havia sinal, mas não era possível completar nenhuma ligação.
Em todo o Estado
Segundo o presidente da Agsep, Edilson de Brito, a expectativa é de conseguir uma cobertura de 100% das unidades prisionais do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, e, num segundo momento, instalarem os equipamentos também em unidades do interior de Goiás.
Até agora, 20 aparelhos estão em funcionamento, outros 12 começam a operar na próxima semana. Até o fim do ano, mais 47 equipamentos devem chegar aos principais presídios do Estado, que tem hoje mais de 12 mil detentos.
Para contribuir com todo o processo, Brito disse que a ideia é reduzir ao máximo o número de telefones públicos. “Assim, as ligações por parte dos presos ficariam sob o controle da administração das unidades”, afirmou.

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